A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias ajuda no socorro à comunidade do Rio Grande do Sul na maior catástrofe natural da história do estado
Igreja de Jesus Cristo socorre a comunidade do Rio Grande do Sul na maior catástrofe natural da história do estado
Desde o início das enchentes que assolam o estado do Rio Grande do Sul, líderes e membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias uniram-se em uma corrente de solidariedade para socorrer, salvar e preservar a vida das vítimas da maior catástrofe natural da história desse estado da região Sul do Brasil. A Igreja tem oferecido várias formas de assistência imediata disponibilizando 21 capelas para acolher os desabrigados e distribuindo água potável, cestas básicas, remédios, colchões, cobertores, roupas e itens de higiene pessoal. Por meio dos Serviços Familiares, a Igreja disponibilizou também atendimento de psicólogos voluntários com o propósito de prover assistência emocional às vítimas.
1 / 8 |
Dados oficiais indicam que 437 das 497 cidades do Rio Grande do Sul foram devastadas pelas chuvas, resultando em aproximadamente 330 mil desalojados, 116 vítimas fatais, 756 feridos e 143 pessoas desaparecidas até o momento. Renato de Souza Gomes, segundo conselheiro da Estaca Porto Alegre Brasil Partenon, 42 anos, empresário, decidiu arriscar a própria vida em meio ao caos da enchente. Renato está há 11 dias dentro do rio Guaíba e das regiões inundadas pelo rio resgatando pessoas. Nesse período, ele já salvou mais de 700 pessoas e cerca de 80 animais. Esta semana, ele resgatou uma família que estava ilhada em uma área de grande risco e já sem água e comida havia alguns dias. Na tarde de hoje, ele resgatou um cão Rottweiler que, por cinco dias, estava se equilibrando no telhado de uma casa inundada pela enchente. A esposa de Renato e seus três filhos têm sido seu maior apoio nesses dias difíceis de resgates intensos. “Quando eu chego em casa, meus filhos passam pomada em meus pés, que estão feridos e cheios de bolhas, e minha esposa, que é minha grande parceira, me acolhe e me ajuda a recuperar minhas forças para continuar resgatando pessoas”. Perguntado por que ele está arriscando a própria vida, ele respondeu: “O segundo grande mandamento é amar ao próximo como a si mesmo e, para mim, essa é uma oportunidade de viver esse mandamento.
Na sexta-feira, 11 de maio, o presidente Joni L. Koch viajou para Florianópolis, no estado de Santa Catarina, onde se encontrou com Ruben Arias, diretor de assuntos temporais, e Alex Dantas, diretor de comunicação da área. De lá, partiram em uma viagem de aproximadamente seis horas de carro até Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul. Devido aos graves danos causados pelas enchentes, o aeroporto internacional de Porto Alegre estava fechado, tornando as estradas uma das poucas rotas de acesso à região. Ao entrarem no Rio Grande do Sul, enfrentaram fortes chuvas que continuavam a devastar o estado. Caminhões militares, veículos policiais e caminhões de bombeiros com sirenes ligadas eram uma visão comum ao longo do percurso.
Eles visitaram capelas da Igreja em Porto Alegre que estão servindo como abrigo. A primeira delas, que normalmente acomoda duas unidades da Igreja — a Ala Lindóia e a Ala Porto Alegre 4 —, está atualmente abrigando mais de 70 pessoas, incluindo tanto membros quanto não membros. Em seguida, visitaram a capela mais antiga de Porto Alegre, que normalmente hospeda a Ala Porto Alegre 1, e que também está sendo usada como abrigo. Essa capela está acomodando mais de 50 pessoas que perderam sua casa.
Em ambos os locais, o presidente Koch cumprimentou pessoalmente cada indivíduo e ofereceu palavras de encorajamento e esperança em Cristo, abraçando-os calorosamente. Ele dedicou tempo adicional para ministrar aos líderes locais do sacerdócio que estavam na linha de frente respondendo a essa calamidade pública, com o objetivo de elevá-los e confortá-los espiritualmente. Eles tinham planejado visitar uma terceira capela da Igreja em Canoas, mas as condições meteorológicas adversas e acidentes nas estradas os impediram de chegar ao destino.
Na noite de sábado, 12 de maio, uma dessas capelas foi destaque no Jornal Nacional, o programa de notícias mais assistido do Brasil, na Rede Globo. A história de uma família não membro da Igreja que está abrigada lá, cuja mãe deu à luz durante a estadia, ganhou cobertura em jornais importantes como o Estado de São Paulo.
O presidente Koch e Ruben Arias também reuniram os presidentes de estaca e as presidentes da Sociedade de Socorro do Rio Grande do Sul para uma reunião híbrida na sede da Estaca Porto Alegre. O prédio está atualmente servindo como um centro de distribuição de suprimentos e doações para as vítimas das enchentes. Citando Deuteronômio 15:11, o presidente Koch disse: “Nosso compromisso com as pessoas, com nossos irmãos, vai muito além de uma ajuda emergencial ou temporária. Nós vamos precisar continuar enxergando os necessitados quando este momento de comoção pública passar. Quando as águas baixarem e as coisas começarem a voltar ao normal, pelos próximos anos, pessoas precisarão de ajuda e não poderemos deixar de notar isso. Como diz a escritura, é um esforço perpétuo. E nossa maior missão como Igreja é conectar as pessoas com a eternidade. E isso é o bem maior que o evangelho de Jesus Cristo tem para oferecer”, concluiu ele.
Iniciativas provenientes de recursos de Ajuda Humanitária e de ofertas de jejum dos membros, incluindo milhares de cestas básicas, água, kits de higiene, colchões, cobertores, entre outros itens, saíram do aeroporto de Viracopos, na cidade de Campinas, com destino ao Rio Grande do Sul, em parceria com a Azul Linhas Aéreas, cujo CEO, John Rodgerson, é membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Ao pousar em Canoas, a aeronave da Azul transportando suprimentos para a população do Rio Grande do Sul foi recepcionada pela primeira-dama do Brasil, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, que reconheceu e agradeceu, em suas redes sociais oficiais, o apoio da Igreja de Jesus Cristo, enaltecendo o trabalho realizado pela Azul em conjunto com a Força Aérea Brasileira (FAB). O descarregamento dos donativos contou com a ajuda dos missionários de tempo integral que servem naquela região.
Fortalecimento da fé e do testemunho em tempos difíceis
Relatos a respeito da demonstração de amor e serviço sustentam a fé e fortalecem o testemunho dos membros da Igreja em meio à calamidade.
Renato de Souza Gomes, segundo conselheiro da Estaca Porto Alegre Brasil Partenon, empresário, decidiu arriscar a própria vida em meio ao caos da enchente. Renato está há 11 dias dentro do rio Guaíba e das regiões inundadas pelo rio resgatando pessoas. Nesse período, ele já salvou mais de 700 pessoas e cerca de 80 animais. Esta semana, ele resgatou uma família que estava ilhada em uma área de grande risco e já sem água e comida havia alguns dias. Na tarde de hoje, ele resgatou um cão Rottweiler que, por cinco dias, estava se equilibrando no telhado de uma casa inundada pela enchente. A esposa de Renato e seus três filhos têm sido seu maior apoio nesses dias difíceis de resgates intensos. “Quando eu chego em casa, meus filhos passam pomada em meus pés, que estão feridos e cheios de bolhas, e minha esposa, que é minha grande parceira, me acolhe e me ajuda a recuperar minhas forças para continuar resgatando pessoas”. Perguntado por que ele está arriscando a própria vida, ele respondeu: “O segundo grande mandamento é amar ao próximo como a si mesmo e, para mim, essa é uma oportunidade de viver esse mandamento.
A jovem Sarah Batiferro Amaral Silva, de 15 anos, da Ala Elisabete, está abrigada com a família em uma das capelas da Igreja de Jesus Cristo na região norte de Porto Alegre. Ela compartilhou: “Com todas essas tribulações, desafios e dificuldades, tristezas e aflições, o Senhor proveu um meio pelo qual eu pudesse ser consolada, proveu um lugar para estarmos alojados e proveu meios pelos quais eu pudesse servir aos Seus filhos. Com o trabalho voluntário, senti o abraço e o conforto do Pai Celestial. Ele está me carregando em Seus braços e está cuidando de mim e do meu próximo”.
O pai de Sarah, Mauro Amaral, contou que, ao ver a água entrando em sua casa, que ficou totalmente submersa, ele reuniu seu bem mais precioso, a família, e saiu rapidamente deixando todo o resto para trás. No caminho até o abrigo, parou para ajudar os vizinhos. Durante o devocional feito todos os dias pelos líderes locais nas capelas, que também se transformaram literalmente em um local de segurança física para as “tempestades” do mundo, Mauro desabafou: “Só agora consegui parar, sentar e fazer algo por mim: chorar”.
A conselheira da Sociedade de Socorro da Ala Lindoia, Adriana Freitas Cardoso, contou: “Se alguém me perguntar em que momento comecei a servir como voluntária no alojamento da igreja, eu não saberia responder. Quando me dei conta, já estava na capela, com papel e caneta na mão, recebendo os primeiros donativos para organizar os lugares onde receberíamos as pessoas”.
Como esses membros da Igreja, outros milhares têm aceitado o convite das autoridades governamentais de outras regiões do Brasil para servir nessa causa. Em São Paulo, por exemplo, a Defesa Civil do governo do Estado e o Fundo Social de Solidariedade receberam o apoio de voluntários do Programa Mãos Que Ajudam para auxiliar na separação dos donativos que serão enviados para o atendimento das vítimas da tragédia.
Filipe Sabará, que já visitou Salt Lake City, em 2019, e conheceu os projetos humanitários da Igreja, hoje está à frente da Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo e das ações do Fundo Social do Estado. Ele gravou um vídeo enaltecendo o apoio da Igreja e da Presidência da Área nas demandas. Outro agente público, o tenente-coronel Henguel Ricardo Pereira, coordenador estadual da Defesa Civil, ressaltou que “essa ajuda é muito importante, e garanto que as doações vão chegar a quem precisa”.
Em Jundiaí, membros e missionários de tempo integral da Missão Campinas, que servem no município e em outras cidades da região, atenderam ao chamado da prefeitura e do Fundo Social de Solidariedade ajudando no aeroporto, trabalhando na organização e no carregamento das doações para o Rio Grande do Sul.No município de Joinville, Santa Catarina, estado vizinho do Rio Grande do Sul, voluntários confeccionam acolchoados para beneficiar as vítimas da tragédia. O projeto recebeu a cobertura da Rede de TV NSC, afiliada da Rede Globo. Em Santa Maria, que também é uma das cidades atingidas, os membros deixam as preocupações de lado para distribuir marmitas para os necessitados. Nas cidades da Camaçari, Feira de Santana, na Bahia, estão sendo arrecados itens de higiene e limpeza, roupas e ração animal. As doações serão encaminhadas para o Rio Grande do Sul em parceria com os Correios.
Acolhimento
Dânia Pereira Zardim teve sua casa inundada e recebeu um convite de uma amiga, que é membro da Igreja, para ficar em uma das capelas que servem como abrigo. Emocionada, ela conta que está sendo nutrida de todos as formas de que precisa, com alimentação, roupas e apoio espiritual. Em alguns momentos, busca força e ânimo para contribuir nos trabalhos realizados no local e menciona: “Sempre me doei e hoje sou ajudada. Estou me sentido mais segura e com o coração grato por todo o acolhimento que estou tendo aqui, sem pensar no que aconteceu, mas com esperança de que as coisas podem melhorar”.
Comentários
Postar um comentário
Agradecemos por comentar!!!