Foto: Mateus Bruxel, Agência RBS |
CUT e PT sempre foram umbilicalmente ligados. O Cpers, um dos maiores sindicatos da América Latina, foi dos primeiros a aderir à central e resistiu a várias tentativas de separação, patrocinadas por grupos de oposição ao alinhamento com os governos petistas.
Com a saída do Cpers, a CUT perde mais do que uma importante fonte de receita – são 81 mil associados. Perde um sindicato combativo e capilarizado, com filiados espalhados por todos os pontos do território do Rio Grande do Sul. “A CUT não me representa”, diziam os cartazes dos professores vestidos de amarelo na assembleia de ontem, mas o descontentamento é antigo entre os simpatizantes de outras centrais sindicais e os que desejam um sindicato independente, focado apenas nas pautas do magistério.
Com a desfiliação, o Cpers perde o apoio logístico que a central oferecia para suas manifestações (embora a direção diga que vai continuar dando sustentação às demandas dos professores). A presidente do sindicato, Helenir Aguiar Schürer, lamentou que a separação tenha sido tratada como prioridade na assembleia que definiu os próximos passos no embate com o governo por melhores salários.
Preocupada em não banalizar a greve como instrumento de pressão, Helenir adotou um caminho diferente do de sua antecessora, Rejane de Oliveira, dando prioridade ao diálogo, mas isso não significará refresco para o governo. Logo depois da assembleia, o governador José Ivo Sartori e o secretário Vieira da Cunha receberam a direção do Cpers. A relação tem sido pautada pela cortesia, mas os professores querem mais do que cafezinho e aperto de mão. Créditos Rosane de Oliveira
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