Sem reajuste desde 2014, Cpers cobra reposição de perdas pelo governo Leite
A direção do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers) se reuniu na manhã desta quarta-feira (21) com secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos Junior, e com o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Frederico Antunes (PP), para cobrar um reajuste salarial para a categoria.
Professores e funcionários de escola estão sem receber ao menos a reposição da inflação desde 2014. “Apresentamos a necessidade de um reajuste imediato, já que as nossas perdas estão ultrapassando 45%”, disse a presidente do sindicato, Helenir Aguiar Schürer.
Arthur Lemos afirmou que o governo está sempre aberto ao diálogo, mas não assumiu compromissos com o Cpers. “A situação econômica do Rio Grande do Sul não está consolidada. Compreendemos o pedido, mas precisamos entender que somos uma só sociedade e analisar o que é possível fazer, sem comprometer os resultados e gerações futuras”, afirmou. “O parcelamento de salários gerou um descompasso na vida de todos servidores e finalmente, chegamos ao momento que conseguimos garantir o pagamento em dia até dezembro. Não podemos errar o passo e voltar para o mesmo buraco”.
Segundo Helenir, o saldo da reunião foi a promessa de um novo encontro com o governo, dessa vez também com a presença de representantes das secretarias da Educação e da Fazenda.
O governo também reforçou que já encaminhou à Assembleia um projeto de reajuste do vale-refeição. A proposta do projeto de lei 212/2021, protocolado na semana passada, é de reajuste retroativo de 1% a contar de abril de 2019, 1% a contar de abril de 2020 e 6,10% a contar de abril de 2021. “Vamos acompanhar esse projeto para ver se a gente consegue fazer com que seja valorizado um pouquinho mais o vale-refeição porque isso nos ajuda no final do mês nos nossos compromissos financeiros”, afirmou Helenir.
Outra pauta abordada no encontro foi o desconto efetuado pelo Estado da reposição do vale-transporte. “Não é possível que, por um erro, os professores e funcionários tenham descontados acumulados no seu contracheque do vale-transporte. Isso é muito cruel e nós colocamos isso para o governo para que isso seja revisto. A gente sabe que a lei nos obriga a devolver, agora, que seja mensal, e não acumulado como o governo está fazendo”, disse Helenir.
A presidente do Cpers informou ainda que o sindicato está construindo uma manifestação para o dia 13 de agosto em que pretende entregar moções de apoio aprovadas em Câmaras de Vereadores pelo Estado favoráveis ao reajuste salarial da categoria. “Dentro da Assembleia Legislativa, tem diversos deputados preocupados porque a sua base, nas Câmaras, apoiou essa moção apoiando essa nossa proposta”, afirmou.
Créditos Sul21
Comentários
Postar um comentário
Agradecemos por comentar!!!