Estiagem: Entidades pedem ajuda ao legislativo para cobrar ações do Governo do RS
O Rio Grande do Sul está diante de uma cena que tem se repetido nos últimos anos. Falta de chuva, pastagens secas, quebra de lavouras e ausência de ações efetivas do Governo do Estado para combate e prevenção às estiagens. Por conta disso, entidades ligadas à agricultura familiar reuniram-se na tarde desta quarta-feira (26) com o Presidente da Assembleia Legislativa do RS, deputado Valdeci Oliveira, para tratar do tema. Para os movimentos sociais, o governo Leite atende as demandas da FARSUL, mas esquece da agricultura familiar. É o terceiro ano consecutivo com estiagem no RS e com perdas significativas. Além disso, cerca de 200 municípios já decretaram situação de emergência.
Acompanharam a agenda o líder da bancada do PT, deputado Pepe Vargas, além do deputado Zé Nunes e os recém-eleitos Miguel Rossetto, Leonel Radde e Laura Sito. Também esteve presente o deputado federal Elvino Bohn Gass.
Gervásio Plucinski, presidente da Unicafes-RS e Douglas Cenci, coordenador da Fetraf-RS, fizeram um resgate das conversas já realizadas com governo federal e estadual sobre o tema. Para eles o governo federal ainda está no ajuste das cadeiras, mas tem esperança de terem as demandas atendidas. Já, quanto ao governo estadual “estamos angustiados pelos nossos produtores aqui do Estado, tem quem esteja passando necessidade e novamente o governo do Estado não está dando a devida importância para o tema”, lamentou Cenci. “Gostaríamos que a Emater nos passasse o levantamento da real situação no campo hoje. Precisamos destes dados mais preciso até para apresentar ao governo federal para que se possa pensar em políticas públicas mais permanentes” afirmou Plucinski.
Para o líder da bancada petista, deputado Pepe Vargas, “o nosso grande problema é a baixa capacidade de entrega do governo do estado”. Já, Zé Nunes lembrou que a pauta é a mesma faz um tempo já, “a gente trabalha para buscar resultados e isso não está ocorrendo”. Para os parlamentares petistas o cenário irá se prolongar em fevereiro, sendo necessário pensar em cestas básicas para as famílias mais necessitadas.
Representantes do Movimento Sem Terra (MST) e Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) também solicitaram o desarquivamento do Projeto de Lei 115/2021 que trata do Crédito Emergencial para Agricultura Familiar. Ao mudar de legislatura os projetos podem ser desarquivados ou reapresentados com alterações e nova numeração.
O presidente Valdeci afirmou que terá agenda com a Casa Civil na tarde desta sexta-feira (27) e colocará na pauta as questões levantadas pelas entidades. Ele também abrirá diálogo com o próximo presidente da AL, Vilmar Zanchin (MDB), buscando construir uma equipe de trabalho para acompanhar a pauta. Dentre as demandas levantadas, ainda está um crédito emergencial, auxílio para as famílias mais atingidas e medidas de apoio para as comunidades que estão com problemas de abastecimento de água.
Texto: Raquel Wunsch (MTE 12867)
Foto: Joaquim Moura
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