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Justiça determina que vereadores apaguem post sobre existência de agrotóxico em arroz do MST

Justiça determina que vereadores apaguem post sobre existência de agrotóxico em arroz do MST



Juíza declarou que notícia compartilhada pelos vereadores

Juíza declarou que notícia compartilhada pelos vereadores "maculam a honra e imagem" das cooperativas produtoras do arroz orgânico. Foto: Luiza Castro

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul determinou, em caráter liminar, que os vereadores Ramiro Rosário (PSDB), de Porto Alegre, e Silvio Roberto Flores de Almeida (PP), de Nova Santa Rita, retirem de suas redes sociais — Twitter, Instagram e Facebook — as postagens sobre a existência de agrotóxicos no arroz orgânico produzido pela Cooperativa Agropecuária Nova Santa Rita e a Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre, ambas ligadas ao MST.

Leia mais:
MST denuncia ‘fake news’ sobre suposta contaminação de arroz agroecológico

A decisão, proferida nesta quinta-feira (27), também determina que o mesmo conteúdo seja retirado do ar dos sites direitoambiental.com e direitoagrario.com, e que os vereadores se abstenham de novas publicações sobre o caso até o desfecho final da ação.

No despacho, a juíza Fabiana Zaffari Lacerda afirmou que o ofício do professor Renato Zanella, coordenador do Laboratório de Análise de Resíduos de Pesticidas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), e o ofício do Ministério da Agricultura (MAPA) publicado na última quarta-feira (26), contradizem as notícias divulgadas pelos vereadores.

“O perigo de dano também resta caracterizado, considerando que, efetivamente, as notícias e publicações maculam a honra e imagem das cooperativas autoras e dos produtos por estas produzidos, em especial o arroz orgânico, objeto da celeuma”, disse a juíza na decisão.

As amostras de arroz supostamente contaminados com o agrotóxico 2.4D e quincloraque teriam sido coletadas pelo vereador de Nova Santa Rita e entregues no Laboratório de Resíduos de Pesticidas da UFSM. A notícia compartilhada pelos vereadores dizia que laudos do laboratório comprovavam a presença dos agrotóxicos no produto. Porém, ao contrário do que foi dito pelos parlamentares, o laudo do laboratório da UFSM não detectou nas amostras quaisquer agrotóxicos analisados.

Considerando que a citada notícia foi amplamente divulgada e reproduzida em outros meios de comunicação, que as informações ali veiculadas não encontram amparo nos fatos, atingem a integridade e idoneidade dos produtores, da certificadora e do próprio MAPA e, de forma indireta, de toda rede de produção orgânica, este Núcleo de Suporte à Produção Orgânica vem a público informar que trata-se de notícia improcedente”, diz o ofício do Ministério da Agricultura.

“Conforme acima exposto, os laudos, os dados constantes dos laudos levam a conclusão diametralmente oposta à veiculada na notícia, isto é, as amostras analisadas não continham qualquer resíduo de agrotóxicos”, conclui o documento do governo federal usado pela juíza para tomar sua decisão.

A reportagem procurou o vereador Ramiro Rosário para comentar a decisão e ainda não obteve retorno, assim que houver, será acrescentada na matéria.



Créditos Sul 21

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