POLÍTICA -
Presidente Bolsonaro ironiza produto da Agricultura Familiar durante visita à ExpoInter, em Esteio/RS.
Parlamento gaúcho não tem previsão de Moção de Repúdio.
Deputado estadual Pepe Vargas (PT/RS) tenta mecanismo para manifestar a inconformidade do Parlamento Gaúcho e, diante da impossibilidade, considerou um absurdo o regimento não permitir um voto de repúdio
Leia artigo, créditos PTSul.
Deputado Pepe questiona impossibilidade de voto de repúdio à manifestação desrespeitosa de Bolsonaro
Três dias depois do presidente Jair Bolsonaro visitar a feira agropecuária Expointer, na cidade de Esteio, o deputado Pepe Vargas questionou sobre a possibilidade de realização de voto de repúdio a comentário jocoso feito pelo chefe do Executivo nacional. O comentário a que se referiu o deputado foi feito pelo presidente quando visitou o estande da Agricultura Familiar, onde fez piada com peça de salame que a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, ganhou de expositores.
Para Pepe afora o fato de Bolsonaro ter atentando conta instituições republicanas, estimulado manifestações contra elas, ao chegar na Expointer, fez uma ação deselegante para com o governador e para com os produtores da Agricultura Familiar. “Na mesma semana em que tivemos uma importante reunião com representantes do governo (para tratar do crédito emergencial para a agricultura familiar), quando também tivemos a oportunidade de fazer a entrega do prêmio aos melhores produtos, entre eles o melhor mel, melhor cachaça, melhor salame, vem o presidente desprestigiando um produto da agricultura familiar e ainda fazendo um comentário desairoso”, disparou.
Pepe questionou o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gabriel Souza (MDB), sobre um mecanismo no regimento para manifestar a inconformidade do Parlamento. “Não é admissível que o presidente da República venha aqui e diga o que disse e não tenhamos nenhum meio de manifestar nossa contrariedade”. O deputado considerou um absurdo o regimento não permitir um voto de repúdio a um “comportamento que não é adequado a um presidente da república, que é uma ofensa à agricultura familiar e desrespeitosa não só com o governador, mas com qualquer pessoa que tenha a coragem de manifestar a sua orientação”.
Texto: Claiton Stumpf (MTB 9747)
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