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Vale do Taquari/RS sofre com inundações 2 meses após ciclone devastar a região - créditos CNN

 

Vale do Taquari (RS) sofre com inundações 2 meses após ciclone devastar a região

Mais de 100 pessoas precisaram ser abrigadas pela Prefeitura de Lajeado (RS)

Fortes chuvas provocaram novas inundações em Lajeado, no Vale do Taquari (RS)
Fortes chuvas provocaram novas inundações em Lajeado, no Vale do Taquari (RS)Prefeitura de Lajeado/Divulgação

Bruno LaforéVictor Aguiarda CNN

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Aproximadamente dois meses após a passagem de um ciclone, o Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul, volta a ser afetado por temporais e inundações. Neste sábado (18), o Rio Taquari transbordou, provocando alagamentos nas ruas das cidades da região.

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O prefeito de Lajeado, informou que houve registros de descargas elétricas, ventania e queda de granizo. A população da cidade foi orientada a não sair de casa e permanecer em abrigos seguros. Desde a madrugada de hoje (18), a prefeitura tem utilizado caminhões para remover famílias que moram em locais de risco.

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Até o momento, a Prefeitura de Lajeado contabilizou 172 pessoas, de 71 famílias, que tiveram suas residências afetadas e estão sendo abrigadas no Parque do Imigrante, mesmo local que recebeu os desalojados pelas chuvas em setembro, durante a passagem do ciclone.

O nível do Rio Taquari alcançou os 24,32m, às 11h deste sábado (18), na região central de Lajeado. A água subiu 44 cm em apenas uma hora.

A chuva de hoje afeta também o município de Roca Sales, onde a prefeitura orientou a população para evacuar as casas.

O nível do Rio Taquari subiu quase 1,5 metros em cerca de duas horas, na manhã de hoje (18), na altura do município de Muçum.

Na idade de Forquetinha, o volume da água bloqueia as pontes da cidade, inclusive o acesso à rodovia federal. A Prefeitura pediu que os moradores não deixem suas casas. A população que reside em áreas de ricos deve fazer contato com a defesa civil em caso de emergência.

Alerta de risco

Defesa Civil do Rio Grande do Sul emitiu, na manhã deste sábado (19), três alertas de risco para rápida inundação de rios que passam pelo estado.

Além do Rio Taquari, os rios Caí e Jacuí podem subir rapidamente. O alerta tem validade de 24 horas, até a manhã deste domingo (19).

A população que reside em áreas de risco deve tomar medidas preventivas com antecedência e procurar a Defesa Civil de seu município em caso de emergência.

Queda de energia

A Certel, que fornece energia elétrica na região do Vale do Taquari informou que 4 mil clientes estão com abastecimento interrompido por causa do temporal. O principal problema é a queda de árvores sobre a rede elétrica.

Os imóveis afetados estão localizados entre as cidades de Boqueirão do Leão a Lajeado e também de Teutônia a Barão.

As equipes da companhia estão nas ruas para tentar normalizar o serviço, mas encontra dificuldades de acessar os locais afetados.

Ciclone devastou a região há dois meses

Em setembro, um ciclone extratropical passou pelo Rio Grande do Sul e deixou 50 mortos no estado. O Vale do Taquari foi a região mais afetada, com 16 óbitos na cidade de Muçum e 13 mortes apenas em Roca Sales.

A fortes chuvas atingiram 107 municípios do estado, deixando 5,2 mil desabrigados e mais de 22 mil desalojados. Ao todo, 402.297 pessoas foram afetadas. 943 ficaram feridos.

Em 28 de setembro, uma comitiva de ministros, acompanhados da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, visitou as cidades de Lajeado, Muçum, Estrela e Roca Sales. Na ocasião, foi anunciada a implantação e um escritório do governo federal em Lajeado para atuação na reconstrução do Vale do Taquari.

O governo também lançou uma linha de crédito para os negócios afetados pela passagem do fenômeno meteorológico na região.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou a concessão de empréstimo de R$ 1 bilhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para auxiliar na recuperação da economia de cidades do Rio Grande do Sul.

Em viagem ao estado, Alckmin anunciou que o governo federal destinaria R$ 741 milhões em recursos para as regiões afetadas pelas chuvas.

 

Créditos CNN

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